A vontade soberana de Deus como fonte única da salvação.
Uma perspectiva monergista reformada.
A doutrina do monergismo, pilar da teontologia reformada, afirma que a salvação é obra exclusiva de Deus, desde a eleição até a glorificação, sem qualquer cooperação do homem natural. Essa verdade está firmemente alicerçada nas Escrituras Sagradas, conforme reconhecida por expoentes da Reforma.
O apóstolo Paulo declara:
“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da Sua vontade.” (Efésios 1:4–5, Bíblia de Genebra).
A origem da salvação não está no ser humano, mas no beneplácito da vontade divina, anterior à criação. A esse respeito, Paulo é ainda mais enfático:
“Porque diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem eu quiser me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.” (Romanos 9:15–16).
O novo nascimento é resultado exclusivo da ação de Deus, e não de uma decisão autônoma do homem. A salvação não está vinculada ao esforço humano, mas ao exercício soberano da misericórdia divina. O evangelho de João também exclui a vontade humana como fonte da regeneração:
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas da vontade de Deus.” (João 1:12–13).
Anexo: Vídeo [10 min] - Resposta do Rev. Flávio:
Fonte: PodVeritas - Podcast da Igreja PMR.
O fim último de todas as coisas, inclusive da salvação, é a glória de Deus: “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” (Romanos 11:36).
Da mesma forma, o apóstolo declara: “Para que nenhuma carne se glorie perante ele. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” (1 Coríntios 1:29–31).
Teologicamente, essa soberania absoluta é sistematizada por JOÃO CALVINO, ao dizer:
“Por predestinação entendemos o decreto eterno de Deus, pelo qual Ele determinou consigo mesmo o que desejava que acontecesse em relação a cada homem. [...] Alguns são preordenados para a vida eterna, outros para a danação eterna; e, consequentemente, conforme cada um foi criado para um ou outro desses fins, dizemos que foi predestinado para a vida ou para a morte.” (CALVINO, 1960, p. 926).
TEODORO DE BEZA, sucessor de Calvino, expõe com precisão a ordem causal da salvação:
“A causa eficiente da salvação é a misericórdia de Deus; a causa meritória é Cristo; a causa instrumental é a fé que também é dom de Deus; a causa final é a glória de Deus.” (BEZA, 1560).
Por sua vez, MARTINHO BUCER, com clareza pastoral e doutrinária, descreve o estado do homem e a ação regeneradora divina:
“Deus opera tudo em todos, e o arbítrio humano foi inteiramente arruinado pelo pecado original. Somente quando Deus planta Sua palavra e Seu Espírito é que o homem começa a viver de fato.” (BUCER, 1550).
Portanto, a doutrina reformada da salvação reafirma que a fonte de toda graça salvadora está exclusivamente na vontade soberana de Deus. Todo mérito, glória e louvor pertencem a Ele, pois o homem, morto em delitos e pecados, nada pode fazer a não ser pela operação soberana e eficaz do Espírito Santo. Conforme ensina a Escritura: “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” (1 Coríntios 1:31).
Acesse mais conteúdos sobre este tema aqui, haja visto que este artigo acima é só uma parte do assunto que não se esgota em um único artigo, obviamente. É importantíssimo continuar estudando, crescendo em graça e conhecimento nas coisas do Senhor.
Igreja Primeiro Ministério Reformador
QUEIROZ, Flávio Ferraz de.
Reverendo (2025) 04 de Junho. Guidoval / MG.
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Acesse o site, e SAIBA MAIS: https://www.unitefi.teo.br/ipmr
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- BEZA, Teodoro de. Confessio Christianae Fidei. 1560.
- BUCER, Martinho. De Regno Christi. 1550.
- CALVINO, João. Institutas da Religião Cristã. Trad. Henry Beveridge. Ed. John T. McNeill. São Paulo: Cultura Cristã, 1960. Livro III, Cap. 21, §5, p. 926.
- A BÍBLIA SAGRADA. Tradução de Genebra. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.
REFERÊNCIAS BÍBLICAS:
- PAULO. Efésios 1:4-5.
- PAULO. Romanos 9:15-16.
- JOÃO. João 1:12-13.
- PAULO. Romanos 11:36.
- PAULO. 1 Coríntios 1:29-31.
QUEIROZ, Flávio Ferraz de.
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- BEZA, Teodoro de. Confessio Christianae Fidei. 1560.
- BUCER, Martinho. De Regno Christi. 1550.
- CALVINO, João. Institutas da Religião Cristã. Trad. Henry Beveridge. Ed. John T. McNeill. São Paulo: Cultura Cristã, 1960. Livro III, Cap. 21, §5, p. 926.
- A BÍBLIA SAGRADA. Tradução de Genebra. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.
REFERÊNCIAS BÍBLICAS:
- PAULO. Efésios 1:4-5.
- PAULO. Romanos 9:15-16.
- JOÃO. João 1:12-13.
- PAULO. Romanos 11:36.
- PAULO. 1 Coríntios 1:29-31.
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