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24/09/2025

O que é a coroa da justiça?

A Coroa da Justiça. 

Da graça que conquista à coroa da Justiça: A recompensa dos santos como fruto da fidelidade de Deus em Cristo, quando a graça de Deus se revela na recompensa dos salvos.

“A misericórdia de Deus coroa Seus próprios dons, não nossas conquistas independentes.” (AGOSTINHO, Graça e Livre-Arbítrio). 

24 de Setembro de 2025. Brasil. Guidoval, MG.

RESUMO: Este estudo tem por objetivo refletir sobre o ensino bíblico da “coroa da justiça” à luz da teologia da graça, tomando como base as palavras do apóstolo Paulo em 2 Timóteo 4:7-8 e o comentário de Agostinho em Graça e Livre-Arbítrio. Procura-se demonstrar que a coroa prometida não é fruto do mérito humano, mas o coroamento da obra de Deus no crente, que persevera não pela força da carne, mas pelo poder da graça. A síntese bíblico-teológica apresentada visa edificar a igreja, encorajando-a a compreender a coroa da justiça como expressão da fidelidade de Deus e não como conquista autônoma do homem. A argumentação foi enriquecida pela voz de teólogos reformadores que reforçam a certeza da perseverança dos santos em Cristo. A saber, defendemos aqui uma abordagem bíblico-monergista e cessacionista, fundamentada em uma tradição sólida de teólogos reformados e puritanos, como AGOSTINHO DE HIPONA, JOHN OWEN, RICHARD SIBBES, THOMAS WATSON e a BÍBLIA DE ESTUDOS GENEBRA. 
2 Timóteo 4:7–8 “Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia..” (Bíblia de Estudo Genebra, ARA)

O apóstolo Paulo, ao se aproximar do fim de sua vida, escreveu a Timóteo palavras de confiança e esperança (2 Timóteo) “...a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor... me dará...”. 

À primeira vista, pode-se pensar que Paulo estivesse reivindicando uma recompensa baseada em mérito próprio. Contudo, como bem observou Agostinho, “a misericórdia de Deus coroa Seus próprios dons, não nossas conquistas independentes” (AGOSTINHO, Graça e Livre-Arbítrio). 

É nesse sentido que o apóstolo também afirmou: 1 Coríntios 15:10 “Pela graça de Deus sou o que sou”. Assim, a coroa da justiça não é salário humano, mas a consumação da obra de Deus no crente. Agostinho de Hipona, destaca que Paulo não se gloriava de si mesmo, mas reconhecia em todo tempo que sua luta e sua carreira eram frutos da graça divina. Essa mesma convicção é repetida em outros textos paulinos.

O apóstolo lembra aos coríntios que 2 Coríntios 3:5 “não que sejamos capazes, por nós mesmos, de reivindicar alguma coisa, como se viesse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus”. Aos filipenses, ensina que Filipenses 2:13 “Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”. Por isso, a perseverança final do cristão é sustentada pela fidelidade de Deus, e não pela força da carne. Afinal, 1 Coríntios 1:31 “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” A coroa é prometida, mas também é preservada pela graça.

Os puritanos, herdeiros do pensamento reformado, mantiveram essa compreensão, sublinhando a segurança dos santos diante da imutabilidade do propósito divino. John Owen escreveu que “a perseverança dos santos não depende da constância de sua própria vontade, mas da imutabilidade do propósito de Deus e da eficácia da intercessão de Cristo” (OWEN, The Perseverance of the Saints). Aqui fica claro que a certeza de receber a coroa da justiça repousa na intercessão contínua de Cristo, que garante que nenhum dos seus será perdido.

Da mesma forma, Thomas Watson observou que “a coroa da vida é um dom; e, ainda que se fale de recompensa, é uma recompensa de graça, não de dívida” (WATSON, A Body of Divinity). A linguagem da recompensa, portanto, não nega a graça, mas a exalta, pois o Senhor, como justo Juiz, coroa aquilo que Ele mesmo produziu em seus filhos. Não há espaço para vanglória humana, porque toda vitória procede da misericórdia de Deus.

Richard Sibbes, conhecido como o “suave pregador”, confortou os cristãos vacilantes ao dizer que “Cristo não apagará o pavio que fumega, mas o sustentará até que brilhe em plena chama” (SIBBES, The Bruised Reed). Mesmo aqueles que se percebem fracos e vacilantes têm a promessa de que Cristo os sustentará até o fim. Assim, a coroa da justiça não será concedida apenas aos fortes, mas também aos que, pela graça, perseveraram na fraqueza, sustentados pela mão fiel do Senhor.

COMENTÁRIO: Ao longo do artigo, trouxe citações de teólogos reformadores, alguns puritanos, para fertilizar a reflexão e apreciação sobre o tema. Algumas porções de literaturas que não têm em nossa língua portuguesa mas com muito carinho tomei o cuidado de traduzir e garimpar de antigas leituras e anotações, para sua apreciação. Espero que goste, e que seja para sua edificação e para a glória de Deus somente. (DE QUEIROZ, Flávio Ferraz. Reverendo IPMR. 2025).

A Escritura fala ainda de outras coroas, como a coroa da vida (Tiago 1:12; Apocalipse 2:10), a coroa incorruptível (1 Coríntios 9:25) e a coroa da glória (1 Pedro 5:4). Todas elas convergem para a mesma realidade: a vida eterna concedida por graça aos que foram preservados pelo poder de Deus. O próprio apóstolo João lembra que “esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5:4), e essa fé é dom divino, não conquista autônoma (DE QUEIROZ, Flávio Ferraz. 2025). 

Tiago 1:12 “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.”

Apocalipse 2:10 “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da  vida". 

1 Coríntios 9:25 “Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível.”

1 Pedro 5:4 “Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.”

1 João 5:4 “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” 

Efésios 2:8 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus.” 

Portanto, a doutrina da perseverança dos santos se manifesta de forma clara na certeza de que a salvação é inteiramente obra de Deus, sustentada por Sua graça e fidelidade. O crente não depende de suas próprias forças para manter a fé ou conquistar a coroa da vida, da glória ou da incorruptibilidade, pois todas essas recompensas são fruto do cuidado divino que preserva os seus até o fim. Efésios 2:8 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus.”  (DE QUEIROZ, Flávio Ferraz. 2025).

Essa verdade conforta e encoraja a igreja, pois assegura que a vitória final não se perde, e que a jornada cristã, embora marcada por lutas e provações, é plenamente sustentada pela graça imutável do Senhor. Assim, a esperança da coroa da justiça torna-se não apenas um ideal, mas uma certeza segura para todos aqueles que pertencem a Cristo, refletindo a fidelidade de Deus e o alcance completo de Sua obra redentora (DE QUEIROZ, Flávio Ferraz. 2025).

CONCLUIMOS, em suma, então. Diante do elencado, que a igreja deve contemplar a coroa da justiça como um símbolo da fidelidade de Deus e não como um troféu humano. É certo que a vida cristã envolve esforço, luta e disciplina, mas tudo isso é sustentado pela graça soberana. Como Paulo afirmou aos filipenses, “Aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1:6). Assim, a esperança do cristão não repousa em sua capacidade de perseverar, mas na promessa daquele que nunca falha. A coroa é, portanto, a celebração final da graça de Deus em seus filhos (DE QUEIROZ, Flávio Ferraz. 2025).


Acesse mais conteúdos sobre este tema aqui, haja visto que este artigo acima é só uma parte do assunto que não se esgota em um único artigo, obviamente. É importantíssimo continuar estudando, crescendo em graça e conhecimento nas coisas do Senhor. 

Concluir mais uma leitura da Bíblia tod(122ª para a glória de Deus somente), foi, acima de tudo, uma experiência de renovação interior. Ao reencontrar, versículo por versículo, o fio contínuo da fidelidade de Deus, fui tomado por uma paz real não como ausência de conflito, mas como certeza de que o mal não prevalecerá. Derivando também este singelo estudo, além da segurança de que Satanás já está condenado e terá sua cabeça esmagada por Cristo trouxe alento à alma. Nessa leitura, tornou-se ainda mais claro que a história caminha com firmeza rumo ao dia em que toda injustiça será desfeita, e os redimidos viverão, após a ressurreição, sob um Reino de justiça e paz verdadeira. Essa esperança, longe de ser mera abstração teológica, é o consolo diário de quem confia no Cordeiro vencedor.


Igreja Primeiro Ministério Reformador  

QUEIROZ, Flávio Ferraz de.  
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  • AGOSTINHO. Graça e Livre-Arbítrio. In: Obras de Santo Agostinho. São Paulo: Paulus, 2000.
  • OWEN, John. The Perseverance of the Saints. Edinburgh: Banner of Truth, 1965.
  • SIBBES, Richard. The Bruised Reed. Edinburgh: Banner of Truth, 2008.
  • WATSON, Thomas. A Body of Divinity. Edinburgh: Banner of Truth, 1958.
  • A BÍBLIA de Estudo de Genebra. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:

  • PAULO: 2 Timóteo 4:7–8 
  • PAULO: 1 Coríntios 15:10 
  • PAULO: 2 Coríntios 3:5
  • PAULO: 1 Coríntios 1:31
  • PAULO: Filipenses 2:13
  • TIAGO: Tiago 1:12
  • APÓSTOLO JOÃO: 1 João 5:4
  • APOCALIPSE: Apocalipse 2:10
  • PAULO: 1 Coríntios 9:25 
  • PEDRO: 1 Pedro 5:4 
  • FILIPENSES: Filipenses 1:6
  • PAULO: Efésios 2:8

22/09/2025

A Esquerda é extremista. Acorda igreja!

A Esquerda é extremista.

Dietrich Bonhoeffer, dizia: “A ação essencial da propaganda totalitária não é convencer, mas destruir a capacidade de discernir".

22 de Setembro de 2025. Brasil. Guidoval, MG.

RESUMO: Este trabalho analisa como o comunismo e o socialismo, no século XX, recorreram a propagandas desumanizadoras contra os judeus, apresentando-os como inimigos da classe trabalhadora e símbolos da burguesia exploradora. Mostra também como o nazismo, embora ideologicamente distinto, utilizou o mesmo expediente, retratando o judeu como conspirador comunista e ameaça à nação. Assim, evidencia-se que tanto a esquerda quanto o nazismo instrumentalizaram a degradação da imagem judaica como ferramenta de manipulação política e social, revelando a essência totalitária dessas ideologias e seu desprezo pela dignidade humana. De maneira semelhante, a esquerda atual continua a lançar mão da mesma estratégia, agora voltada contra conservadores, cristãos e pessoas de direita, que são constantemente caricaturados em propagandas, mídias e discursos como intolerantes, retrógrados ou ameaças à democracia. Esse paralelo histórico demonstra que a lógica da desumanização, característica dos regimes totalitários do século passado, permanece viva nas práticas da esquerda contemporânea, apenas com novos alvos. Na página da Igreja tem um vídeo impactante sobre todo este tema, clique aqui @igrejapmr e assista. 
Defendemos aqui uma abordagem bíblico-monergista e cessacionista, fundamentada em uma tradição sólida de teólogos reformados e puritanos. Mas para este pequeno artigo de cujo tema é político-teológico, trazemos outras referências, especialmente BONHOEFFER, Dietrich. E outras referências seculares citadas no fim deste.  
A história do século XX demonstrou que tanto o comunismo quanto o socialismo, sob a bandeira da esquerda, recorreram a práticas sistemáticas de desumanização como instrumento de poder. Nas propagandas comunistas, especialmente na União Soviética e em outros regimes socialistas, os judeus eram frequentemente associados a símbolos de exploração, especulação financeira e “inimigos de classe”. Eram retratados como uma ameaça à coletividade do proletariado, transformados em caricaturas grotescas que ocultavam sua dignidade humana. Esse expediente de manipulação, típico da esquerda, servia para justificar perseguições, censuras e até mesmo a violência estatal contra grupos considerados “obstáculos” à revolução. (DE QUEIROZ, Flávio Ferraz. 2025).

A ironia trágica é que o nazismo, ideologia de viés distinto, recorreu ao mesmo mecanismo de desumanização, ainda que com outra narrativa. Na propaganda de Hitler, o judeu foi apresentado como comunista conspirador, um agente internacional do bolchevismo que buscava destruir as tradições nacionais. Em cartazes e charges nazistas, o judeu aparecia como parasita, animal ou corruptor da sociedade. Ou seja, mesmo regimes opostos, comunismo e nazismo, convergiram em um ponto: a construção de um inimigo comum por meio da degradação da imagem do judeu, reduzido a um símbolo a ser exterminado. (DE QUEIROZ, Flávio Ferraz. 2025).

Esse uso propagandístico revela a natureza totalitária tanto do socialismo quanto do nazismo, ambos desprezando a dignidade humana em favor de projetos ideológicos que sacrificaram milhões. O comunismo, em particular, precisa ser lembrado não apenas pelo extermínio de adversários políticos e religiosos, mas também pelo papel fundamental que desempenhou em criar e difundir estigmas contra minorias, inclusive os judeus. A esquerda, ao longo da história, mostrou-se hábil em manipular massas pela linguagem do ódio, provando que seu discurso de igualdade escondia práticas de opressão, perseguição e violência. (DE QUEIROZ, Flávio Ferraz. 2025).

É interessante refletir com DIETRICH BONHOEFFER (1906–1945), pastor luterano que resistiu ao nazismo, deixou reflexões que se aplicam tanto à crítica do nacional-socialismo quanto ao comunismo e às ideologias de esquerda atuais. Muitos o consideram mártir da fé cristã. Suas obras trazem reflexões que dialogam diretamente com o que você quer destacar: a desumanização promovida por ideologias totalitárias (como nazismo) e o perigo de Estados que se colocam no lugar de Deus o que vale também para o comunismo/socialismo. (DE QUEIROZ, Flávio Ferraz. 2025).
Para Dietrich Bonhoeffer, “a ação essencial da propaganda totalitária não é convencer, mas destruir a capacidade de discernir” (Resistência e Submissão), mostrando como regimes totalitários manipulam as massas pela desumanização e pela mentira, como se viu na propaganda comunista e nazista contra os judeus. 
Ao afirmar que “só porque o homem é feito à imagem de Deus é que ele pode ser irmão do homem” (Criação e Queda), Dietrich Bonhoeffer derruba tanto o racismo nazista quanto o materialismo marxista, lembrando que a dignidade humana não vem do Estado ou da raça, mas de Deus.
Dietrich Bonhoeffer em sua famosa advertência “não agir quando se deve agir é agir. Não falar quando se deve falar é falar. A neutralidade diante do mal é o próprio mal” (Resistência e Submissão) denuncia a covardia que permite que sistemas tirânicos prosperem, chamando os cristãos à resistência.
Dietrich Bonhoeffer também lembra que “a paz não é ausência de guerra, mas é a presença de Cristo” (Ética), desmascarando as falsas promessas de justiça e paz oferecidas por ideologias que, afastadas de Cristo, só geram opressão.
Por fim, sua célebre frase “quando Cristo chama alguém, chama-o para vir e morrer” (O Custo do Discipulado) Dietrich Bonhoeffer mostra a seriedade do discipulado e o preço da fidelidade a Cristo diante de governos que tentam substituir a autoridade divina pela tirania humana.


Anexo(s) à este, segue a mensagem expositiva ministrada pelo Deputado Federal Nikolas Ferreira, em seu canal em 21/09/2025; e outro vídeo, que corroboram com este artigo.

Anexo I: Vídeo [15 min] - Mensagem expositiva, Dep. Federal Nikolas Ferreira: Um convite ao extremismo.

Fonte:  @NikolasFerreiraO  - Canal YouTube.

Anexo II: Vídeo [12 min] - Mensagem expositiva, Magna Carta, Ricardo Gomes: Porque a esquerda precisa do golpe para sobreviver.

Fonte:  @brasilparalelo  - Canal YouTube.

CONCLUIMOS, em suma, então. Ao lermos: Êxodo 20:13 – “Não matarás.” (Bíblia de Estudo Genebra, ARA). A Bíblia repudia o genocídio e a eliminação sistemática de povos e pessoas, como promovido pelo nazismo e pela política Esquerdista (em nosso país pelo partido PT e seus pares). Não deixemos de lado, Mateus 22:39 – “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Bíblia de Estudo Genebra, ARA). Um cristão verdadeiro, não pode apoiar partidos políticos de Esquerda, porque suas ideologias são incompatíveis com qualquer sistema que incentive o ódio e a destruição do próximo.


Igreja Primeiro Ministério Reformador  

QUEIROZ, Flávio Ferraz de.  
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  • BONHOEFFER, Dietrich. Resistência e submissão: cartas e anotações escritas na prisão. 3. ed. São Leopoldo: Sinodal, 2003.
  • BONHOEFFER, Dietrich. Criação e queda. 2. ed. São Leopoldo: Sinodal, 2004.
  • BONHOEFFER, Dietrich. Ética. 3. ed. São Leopoldo: Sinodal, 2005.
  • COURTOIS, Stéphane et al. O livro negro do comunismo: crimes, terror, repressão. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.
  • FURET, François. O passado de uma ilusão: ensaio sobre a ideia comunista no século XX. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
  • PIPES, Richard. O comunismo: uma história mundial. Rio de Janeiro: Record, 2003.
  • SNYDER, Timothy. Terras de sangue: a Europa entre Hitler e Stalin. Rio de Janeiro: Record, 2012.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:

  • MOISÉS: Êxodo 20:13
  • MATEUS: Mateus 22:39

04/07/2025

A vontade soberana de Deus como fonte única da salvação.

A vontade soberana de Deus como fonte única da salvação.

Uma perspectiva monergista reformada.

A doutrina do monergismo, pilar da teontologia reformada, afirma que a salvação é obra exclusiva de Deus, desde a eleição até a glorificação, sem qualquer cooperação do homem natural. Essa verdade está firmemente alicerçada nas Escrituras Sagradas, conforme reconhecida por expoentes da Reforma.

O apóstolo Paulo declara: 

Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da Sua vontade.” (Efésios 1:4–5, Bíblia de Genebra). 

A origem da salvação não está no ser humano, mas no beneplácito da vontade divina, anterior à criação. A esse respeito, Paulo é ainda mais enfático: 

Porque diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem eu quiser me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.” (Romanos 9:15–16). 

O novo nascimento é resultado exclusivo da ação de Deus, e não de uma decisão autônoma do homem. A salvação não está vinculada ao esforço humano, mas ao exercício soberano da misericórdia divina. O evangelho de João também exclui a vontade humana como fonte da regeneração: 

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas da vontade de Deus.” (João 1:12–13).

 

Anexo: Vídeo [10 min] - Resposta do Rev. Flávio:

Fonte:  PodVeritas - Podcast da Igreja PMR.


O fim último de todas as coisas, inclusive da salvação, é a glória de Deus: “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” (Romanos 11:36). 

Da mesma forma, o apóstolo declara: “Para que nenhuma carne se glorie perante ele. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” (1 Coríntios 1:29–31).

Teologicamente, essa soberania absoluta é sistematizada por JOÃO CALVINO, ao dizer:

Por predestinação entendemos o decreto eterno de Deus, pelo qual Ele determinou consigo mesmo o que desejava que acontecesse em relação a cada homem. [...] Alguns são preordenados para a vida eterna, outros para a danação eterna; e, consequentemente, conforme cada um foi criado para um ou outro desses fins, dizemos que foi predestinado para a vida ou para a morte.” (CALVINO, 1960, p. 926).

TEODORO DE BEZA, sucessor de Calvino, expõe com precisão a ordem causal da salvação:

“A causa eficiente da salvação é a misericórdia de Deus; a causa meritória é Cristo; a causa instrumental é a fé que também é dom de Deus; a causa final é a glória de Deus.” (BEZA, 1560).

Por sua vez, MARTINHO BUCER, com clareza pastoral e doutrinária, descreve o estado do homem e a ação regeneradora divina:

Deus opera tudo em todos, e o arbítrio humano foi inteiramente arruinado pelo pecado original. Somente quando Deus planta Sua palavra e Seu Espírito é que o homem começa a viver de fato.” (BUCER, 1550).

Portanto, a doutrina reformada da salvação reafirma que a fonte de toda graça salvadora está exclusivamente na vontade soberana de Deus. Todo mérito, glória e louvor pertencem a Ele, pois o homem, morto em delitos e pecados, nada pode fazer a não ser pela operação soberana e eficaz do Espírito Santo. Conforme ensina a Escritura: “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” (1 Coríntios 1:31).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  • BEZA, Teodoro de. Confessio Christianae Fidei. 1560.
  • BUCER, Martinho. De Regno Christi. 1550.
  • CALVINO, João. Institutas da Religião Cristã. Trad. Henry Beveridge. Ed. John T. McNeill. São Paulo: Cultura Cristã, 1960. Livro III, Cap. 21, §5, p. 926.
  • A BÍBLIA SAGRADA. Tradução de Genebra. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.


REFERÊNCIAS BÍBLICAS:

  • PAULO. Efésios 1:4-5.
  • PAULO. Romanos 9:15-16.
  • JOÃO. João 1:12-13.
  • PAULO. Romanos 11:36.
  • PAULO. 1 Coríntios 1:29-31.


07/06/2025

Primeiro Encontro de Teólogos. @igrejapmr

ENCONTRO DE TEÓLOGOS.

2025, Domingo, 22 de Junho.

É com grande alegria que convidamos todos os ex-alunos, alunos atuais e professores da UNITEFI, juntamente com a igreja local, para um Encontro de teólogos & Estudos, que será realizado na @igrejapmr , das 9:00hs às 15:00hs. Será um dia de profunda edificação, com temas desafiadores e extremamente instrutivos, voltados à edificação do Corpo de Cristo e à firmeza doutrinária. 

Teremos um momento inicial de café de confraternização, seguido de um simpósio teológico com exposições de alto nível, almoço para os presentes e, para o encerramento, três aulas com temas centrais à fé reformada e ao cessacionismo bíblico.

A entrada é franca (gratuita, R$ 0,00) para todos membros da igreja, os ex-alunos, alunos atuais e professores da UNITEFI, e poucas vagas dos que entrarem em contato

CRONOGRAMA DO EVENTO: 

  • 09:00 horas - Café de confraternização.
  • 09:15 horas - Simpósio Teológico com exposições de alto nível - Teólogos à mesa.
  • 12:00 horsa - Almoço para todos presentes.
  • 13:00 horas - Três aulas com temas centrais à fé reformada e ao cessacionismo bíblico.

LOCAL DO EVENTO: 

  • Endereço 2025: Rua José Gonçalves dos Santos, 26, Bairro Pedra Branca, Guidoval / Minas Gerais - CEP36515-000 
  • Coordenadas  Google Maps:   -21.158234345209348, -42.80067587412572 

Este será um momento ímpar para você participar ativamente, aprender com profundidade, tirar dúvidas, debater temas relevantes e esclarecer curiosidades dentro de uma perspectiva reformada e cessacionista. Mais do que um evento acadêmico, é uma oportunidade preciosa para a igreja se aproximar da teologia bíblica, fortalecendo sua fé e sua compreensão das Escrituras.

Informamos que, excepcionalmente, neste dia não haverá culto à noite, para que toda a igreja possa se dedicar integralmente à participação nesse evento especial.

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QUEIROZ, Flávio Ferraz de.  
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04/06/2025

Cessacionismo descomplicado, com John Owen: Primeiros Passos para Compreender a Doutrina.

Cessacionismo descomplicado.

Primeiros passos para compreender a doutrina.

O cessacionismo reformado e puritano enfatiza a suficiência das Escrituras (Sola Scriptura) como a autoridade máxima e final para a fé e a vida cristã. Embora cessacionistas reconheçam a contínua operação do Espírito Santo na vida dos crentes através de dons ordinários: Como o ensino, a administração e a misericórdia). Quanto aos dons extra-ordinários, cessacionistas os vêem como tendo cumprido seu propósito histórico e redentivo. Essa postura cessacionista, em obediência à séria ordem bíblica sobre o assunto, busca proteger a autoridade da Bíblia e evitar a busca por novas revelações que poderiam desviar os crentes da Palavra de Deus já estabelecida, focando a atenção na pregação do Evangelho e na edificação da Igreja por meio dos meios de graça já instituídos.

John Owen, teólogo e o cessacionismo.

John Owen observou o cessacionismo como profundamente arraigado na doutrina da suficiência das Escrituras. Não há complexidades, a compreensão da economia redentora de Deus, esclarece que os dons extraordinários tiveram um papel específico e temporário na fundação da Igreja, e não são esperados em sua operação regular após a conclusão da revelação divina. Cessacionismo não é uma crítica, nem põe poder de parada na obra de Deus, apenas observa que tudo em Deus teve seu tempo e própósito. A exemplo das praga no Egito, abertura do mar à Moisés, o dilúvio, e outros milagres pessoais na vida de pessoas específicas, foram milagres específicos que não foi revivido pelo povo de Deus outras vezes. Assim como dons especiais de alguns personagens bíblicos que a eles somente foi dado o talento. É comum encontrar na Bíblia coisas que aconteceram costumeriamente por um tempo, mas depois, não mais. Não é porque Deus fez milagres ou ministrou através de dons por algumas pessoas, que isso será repetitório. 

John Owen, ficou conhecido como um dos maiores teólogos puritanos, e é uma figura central na defesa do cessacionismo, segundo estudiosos. Sua abordagem é meticulosa, fundamentando-se na compreensão da obra do Espírito Santo e da economia da salvação. Owen argumentava que os dons carismáticos extraordinários, como a profecia revelatória, as línguas e os milagres de natureza apostólica, foram concedidos com um propósito específico e temporário na história da redenção: o estabelecimento e a autenticação da Igreja na era apostólica. Ele via esses dons como "sinais" e "marcas" que confirmavam a autoridade dos apóstolos e a verdade da nova revelação de Deus em Cristo. 

À luz do cessacionismo, particularmente na perspectiva de John Owen, textos como 1 Co 13:8-10, Efésios 2:19-20 e João 20:29 são fundamentais para argumentar que os dons carismáticos listados (profecias, línguas e conhecimento) são "em parte", "para fundações e fundamentos" e, portanto, temporários.

À luz da Bíblia, o cessacionismo por John Owen.

1 Coríntios 13:8-10 (Bíblia Genebra). "A caridade nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá. Porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos. Mas quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado." 

1 Coríntios 13:8-10 (Em Grego, Textus Receptus). Ἡ ἀγάπη οὐδέποτε ἐκπίπτει· εἴτε δὲ προφητεῖαι, καταργηθήσονται· εἴτε γλῶσσαι, παύσονται· εἴτε γνῶσις, καταργηθήσεται. Ἐκ μέρους γὰρ γινώσκομεν, καὶ ἐκ μέρους προφητεύομεν. Ὅταν δὲ ἔλθῃ τὸ τέλειον, τότε τὸ ἐκ μέρους καταργηθήσεται.

Efésios 2:19-20 (Bíblia Genebra). "Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da casa de Deus; Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;" 

Efésios 2:19-20 (Em Grego, Textus Receptus). Ἄρα οὖν οὐκέτι ἐστὲ ξένοι καὶ πάροικοι, ἀλλὰ συμπολῖται τῶν ἁγίων καὶ οἰκεῖοι τοῦ Θεοῦ· ἐποικοδομηθέντες ἐπὶ τῷ θεμελίῳ τῶν ἀποστόλων καὶ προφητῶν, ὄντος ἀκρογωνιαίου αὐτοῦ Ἰησοῦ Χριστοῦ·.
 
João 20:29 (Bíblia Genebra). "Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste: bem-aventurados os que não viram, e creram. "
 
João 20:29  (Em Grego, Textus Receptus) Λέγει αὐτῷ ὁ Ἰησοῦς· Ὅτι ἑώρακάς με, πεπίστευκας· μακάριοι οἱ μὴ ἰδόντες, καὶ πιστεύσαντες. .
 

John Owen interpretava (1 Coríntios 13:8) "Profecias desaparecerão, línguas cessarão, conhecimento passará", essa "desaparição", "cessação" e "passagem" como o fim dos dons revelatórios e miraculosos. Ele via esses dons como fragmentos, pedaços de um quebra-cabeça que se encaixavam na era apostólica para autenticar a revelação e a mensagem de Cristo.


John Owen interpretava, (1 Coríntios 13:10) "Quando o que é perfeito vier" como uma chave bíblico teológica. Enquanto alguns interpretam "o que é perfeito" como a segunda vinda de Cristo ou a plenitude da eternidade, os cessacionistas como John Owen frequentemente argumentam que "o que é perfeito" refere-se à conclusão do cânon bíblico ou à plenitude da revelação de Deus em Cristo e nas Escrituras. Uma vez que a revelação completa de Deus foi entregue e registrada, não há mais necessidade de profecias revelatórias adicionais, línguas como sinal (dado o cumprimento do propósito de sinais para judeus e gentios) ou um conhecimento fragmentado (que se referiria ao conhecimento direto por revelação, distinto do conhecimento obtido pelo estudo da Escritura). A Bíblia completa fornece tudo o que é necessário para a fé e a vida cristã, tornando os dons "em parte" obsoletos.


John Owen interpretava (Efésios 2:20) "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas" este "fundamento" de forma literal e histórica. Os apóstolos e os profetas (no sentido de profetas do Novo Testamento que recebiam revelação direta de Deus para a fundação da Igreja) foram instrumentos únicos e irrepetíveis para lançar as bases da Igreja cristã. O fundamento é algo que se lança uma vez e sobre o qual se edifica. Não se relança o fundamento continuamente.


John Owen interpretava (Efésios 2:20) "sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular". A presença de Cristo como a pedra angular principal reforça a ideia de que o fundamento é completo e imutável. A tarefa dos apóstolos e profetas era colocar esse fundamento. Uma vez que o fundamento está lançado, o trabalho contínuo da Igreja é construir sobre ele, não lançar novos fundamentos. Isso implica que o ofício apostólico e o tipo de profecia revelatória que lançou o fundamento não são mais necessários ou esperados na Igreja após a era apostólica. A obra do Espírito Santo, portanto, é edificar sobre esse fundamento estabelecido, não adicionar a ele.

John Owen, sem dúvida é uma figura mais brilhante no esclarecimetno sobre cessacionismo. 

Observações cessacionistas, de John Owen.

A necessidade desses dons extraordinários, segundo John Owen, estava intrinsecamente ligada à fundação da Igreja. Ele argumentava que, uma vez que a revelação de Deus foi completada e consignada nas Escrituras Sagradas, e a Igreja foi firmemente estabelecida, a função desses dons cessou. A suficiência das Escrituras torna desnecessária qualquer nova revelação ou confirmação miraculosa contínua. Para John Owen, buscar esses dons após a era apostólica seria, de certa forma, depreciar a completude e a autoridade da Palavra de Deus. A obra do Espírito Santo, portanto, seria primordialmente a de iluminar, santificar e capacitar os crentes para entender e aplicar as verdades já reveladas na Bíblia. OWEN, John. The Holy Spirit: His Gifts and Powers. Em: The Works of John Owen. Edinburgh: Banner of Truth, 1965. (Volume 3). 

John Owen também enfatizava que a distinção entre os dons "ordinários" e "extraordinários" era crucial para sua tese cessacionista. Os dons ordinários, como fé, amor, esperança, ensino e serviço, continuam presentes na Igreja em todas as épocas, pois são essenciais para a vida e o crescimento espiritual dos crentes. No entanto, os dons extraordinários, que envolviam uma revelação direta de Deus ou a capacidade de realizar sinais que autenticavam a mensagem apostólica, foram restritos à era fundacional. A razão para isso, segundo Owen, era que a manifestação desses dons estava ligada à presença e ao ministério dos apóstolos, que eram os pilares da Igreja nascente. Uma vez que o ofício apostólico cessou com a morte dos apóstolos, os dons associados a esse ofício também cessaram. OWEN, John. A Discourse Concerning the Holy Spirit. Em: The Works of John Owen. Edinburgh: Banner of Truth, 1965. (Volume 3). 

A consistência da argumentação de John Owen é notável em suas obras. Ele não via o cessacionismo como uma negação do poder de Deus ou da obra do Espírito Santo, mas sim como uma compreensão da forma como Deus opera em diferentes períodos da história da redenção. O foco da obra do Espírito Santo na era pós-apostólica, para Owen, é a edificação da Igreja por meio da Palavra e dos sacramentos, da conversão dos pecadores, da santificação dos crentes e da capacitação para o serviço e a proclamação do Evangelho, tudo dentro dos limites da revelação já completa. OWEN, John. An Exposition of the Epistle to the Hebrews. Em: The Works of John Owen. Edinburgh: Banner of Truth, 1965. (Volume 19).

O que é cessacionismo? 

O cessacionismo, na visão da teologia reformada e puritana é a crença de que certos dons espirituais extraordinários, como o dom de profecia, línguas e milagres, cessaram ou não são mais operantes na igreja após o período apostólico. Essa perspectiva não nega a soberania de Deus ou Sua capacidade de realizar milagres hoje, mas entende que a forma e o propósito desses dons específicos estavam intrinsicamente ligados à fundação da Igreja e à revelação progressiva da Palavra de Deus. 

A principal base para essa visão reside na convicção de que, com o encerramento do cânon bíblico, a necessidade de novas revelações infalíveis ou sinais miraculosos para autenticar a mensagem divina diminuiu, pois a Escritura é agora vista como a regra suficiente e completa para a fé e a prática.

Os teólogos reformados e puritanos argumentam que a era apostólica foi um período singular na história da redenção. Os apóstolos, como testemunhas oculares de Cristo e recebedores diretos de revelação, foram fundamentais para o estabelecimento da Igreja. Os dons extraordinários serviam, em grande parte, para autenticar a mensagem apostólica e a nova aliança. Uma vez que o fundamento foi lançado e a revelação divina foi completada e registrada nas Escrituras, a necessidade desses dons como ferramentas de fundação e autenticação cessou. Isso não significa que o Espírito Santo deixou de operar, mas que Sua atuação se manifesta de maneiras diferentes, mais alinhadas com a preservação, interpretação e aplicação da Palavra revelada.

O que refletir, com o cessacionismo? 

Além de ser perfeitametne bíblica, cessacionismo é uma doutrina e plataforma que traz segurança à igreja em seus passos perante o Senhor, em toda sua trajetória. É perigosíssimo expressar falsas línguas, e falsas profecias, ou prometer falsos milagres haja visto que isto é explícitamente mentir em nome do Espírito Santo. Fingir falar como se Deus estivesse falando. Fingir profetizar o que Deus não está profetizando. Fingir ser usado por Deus, mesmo que a título de boas intensões. Tudo isso enfurece a Deus, que assume sua ira e promitente juízo sobre os tais.

Em igrejas pentecostais, e neo pentecostais, o continuísmo que é a doutrina oposta é costumeiramente protegido pelos próprios seguidores das seitas que pretendem a defesa de sua heresia sob os seguintes termos (argumentos e cambalhotas continuístas), onde diz o pentecostal: "Não é que foi uma falsa profecia, é que esta profecia o irmão entregou na carne. Não é que foi uma falsa língua, foi uma língua estranha sem interpretão. Se a profecia não cumpriu, não se julga o profeta, se julga somente a profecia. Deus sabe todas as coisas, se a profecia não cumpriu é porque você não teve fé. O profeta fala com fé, e Deus se vira pra cumprir se o profeta crer." Ora, tais atitudes e argumentos entram extremamente em contrasenso com a Bíblia. Na Bíblia, uma única profecia falsa, e deve punir o falso profeta com o abandono não crendo nunca mais no que ele diz, e Deus o pesará responsabilizando-o com Sua justiça. Na Bíblia foram n'outras línguas, e não lingua estranha, e o que foi, foi somente no período dos apóstolos para romper com evangelismo em distintas regiões de distintos idiomas. Outrossim, se Deus profetiza Ele não depende nunca da fé de ninguém pra que se cumpra o que profetizou. Como podem continuístas (pentecostais, neo pentecostais e outros) inventarem tantas desculpas para algo tão sério e de tanta indignação da parte de Deus? A resposta é simples: Irresponsabilidade e improbidade.  

O continuísmo herético ousa estar no lugar de fundação da igreja, quando na verdade este tempo passou: Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular, registra que os apóstolos tiveram um propósito específico para o tempo inicial. 

O continuísmo herético ousa propor incompletude e carência do que já foi saciado e selado, quando na verdade o que é perfeito veio, e o que foi em parte, foi aniquilado. Sem muito esforço interpretativo, sem necessidade de nenhum recurso teológico para entender, basta ler: "...mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão ..." Aniquilado! Cessou! 

O que fazemos agora é desfrutar com responsabilidade do que ficou pronto: Somente a Escritura concluída expondo-na, a fé, o batismo, a ceia, o culto, e a oração para alcançar milagres se assim o Senhor já o tiver decretado. Além de que alegra muito ao Senhor, como disse a Tomé, que felizes são os que não viram, sinais e maravilhas, mas mesmo assim creram.

Acesse mais conteúdos sobre este tema aqui, haja visto que este artigo acima é só uma parte do assunto que não se esgota em um único artigo, obviamente. É importantíssimo continuar estudando, crescendo em graça e conhecimento nas coisas do Senhor.

Igreja Primeiro Ministério Reformador  
QUEIROZ, Flávio Ferraz de.  
Reverendo (2025) 04 de Junho. Guidoval / MG.  
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Nós da Consciência Reformada, queremos equipar cristãos na verdade, disponibilizando melhores e mais seletos artigos, estudos, literaturas (clássicas ou não) e fontes da ortodoxia histórica. Buscamos encorajar a igreja verdadeira a sempre estar reformando seus pensamentos, para que cada vez mais honre a Deus somente e seja consistente com a Palavra de Deus. Ousamos ensinar todo o conselho de Deus, e não apenas aspectos com os quais sentimos confortáveis, para que o evangelho afete e transforme todas as áreas da vida. Entendemos que é importante enfatizar doutrinas que foram perdidas ou postas de lado por algumas instituições, crendo que isto ajudará muito, numa das tarefas mais urgentes que cristãos enfrentam hoje: a redescoberta do evangelho verdadeiramente fundamentado na Bíblia. Nossa esperança é que os eleitos do Senhor abracem a Palavra de Deus, e alcancem a verdadeira sã doutrina bíblica, que é o Evangelho de Jesus Cristo proposto por Ele mesmo. Lembrar que obra da salvação é uma obra monergista da graça; que, antes da graça, o homem permanece passivo, incapaz e indisposto para se voltar para Deus, até que seja regenerado pelo Espírito Santo.